quinta-feira, 4 de novembro de 2010

Como Transformar Informação em Conhecimento?

Carlos Alberto Vieira Marques
Licenciado pela Universidade Estadual da Paraíba-UEPB/Geografia
Pós Graduado em Educação de Jovens e Adultos pelo Instituto Federal de Educação de Roraima-IFRR.


As novas tecnologias estão cada vez mais ligadas aos jovens, e estes por sua vez, cada vez mais atraídos pelos fascínios e facilidades que lhes são ofertadas pela com o advento da tecnologia.
A dinâmica que é um processo inerente ao ser humano e aquilo que por ele é produzido tem se mostrado acelerada em relação à nova linguagem usada pelos jovens internautas. A questão é que esse dinamismo transgride o processo natural de mudança na língua. O surgimento dessa nova linguagem com códigos, símbolos, senhas tem ofuscado a luz da língua portuguesa que paulatinamente está sendo substituída por essa nova expressão oral e escrita sem regras definidas oficialmente.
Junto com essa nova forma de se comunicar temos uma grande carga de informação que instantaneamente é veiculada na internet preenchendo vazios em pessoas das mais variadas idades, e aí, não há distinção de faixa etária no quesito informação, porém toda ela não pode ser considerada proveitosa ou eficiente, caracterizando-se assim como um instrumento bastante duvidoso na formação da personalidade dos jovens, na construção do seu inteléctuo e até, mesmo no seu processo de humanização.
A internet e seus ingredientes assumem em linhas gerais papéis antagônicos, porque na mesma medida que aproxima as pessoas às distanciam, com o mesmo ímpeto que edifica com as informações e conteúdos que veicula, destrói, desvirtua e denigre a imagem das pessoas.
Hoje nas escolas vive-se uma situação inusitada, onde a grande maioria dos profissionais em educação não domina minimamente a informática e ainda resistem a todo custo lhes dar importância.
Enquanto isso, os alunos encontram-se “plugados”, “logados”. Configura-se assim, um quadro dispare no tocante ao processo de ensino da conjuntura atual. Não bastasse o choque cultural, de gerações, que são comuns numa sala de aula, mesmo do advento da informática, agora temos um aluno dominador de uma nova tecnologia, com uma carga de informação substanciosa, com uma forma de escrever, falar, agir, pensar enfim de ser. Ao passo que temos um professor taciturno perante o aluno, que de quando em vez se nega a aceitar o óbvio, apossando-se do celular do aluno, retendo seu notebook e, no uso de sua autoridade afirma: na minha aula não, na minha sala nada disso será permitido. É como nadar contra a correnteza. É isso, tecnologia chegou para ficar, não é o aluno que deve retroagir a um processo de regressão feudal, mas, sim essa nova geração de educadores repensarem uma nova forma de preparar e ministrar suas aulas. Aliás, cabe a esse novo educador, a tarefa de poder transformar informação em conhecimento, tudo isso em comunhão com o seu aluno.

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